quinta-feira, 31 de março de 2011

Crash No Limite


Hoje vi mais uma vez "Crash  No Limite", um filme cheio de estrelas e com uma história incrivelmente bem entrelaçada, vim pro computador com nojo do ser humano mais uma vez! Bom, pra quem não conhece esse filme, ele é o típico filme “globalizado” que cita diversas culturas que vão se cruzando ao longo do caminho dos personagens. O tema central, pelo menos foi o que mais me chocou, é o preconceito, e no filme ele é mostrado de todos os tipos: racial, social, étnico e econômico.Todos os personagens são incriveis, mas resolvi destacar dois pra poder falar mais. Pra começar quando vi Brendan Freaser e Sandra Bullock no elenco achei que eles iriam dominar o filme, mas me enganei, os “menos” conhecidos é que mandaram ver mesmo, como os dois jovens negros “assaltantes” e o chaveiro latino com sua filhinha em um diálogo lindo nas cenas finais. Ok, vamos aos dois personagens escolhidos para esse post: o policial Ryan (Matt Dillon) e diretor de televisão Cameron (Terrence Howard).
O primeiro é um típico policial americano cheio de preconceitos e truculência, que na cena em que encontra com o segundo personagem escolhido, o diretor de televisão, fazem uma das cenas mais constrangedoras do filme. Trata-se de uma batida policial, mas que deixa de ser simples quando vemos na vontade do policial apenas humilhar o diretor e sua mulher, que são negros, motivo pelo qual o faz ter um certo grau de inconformidade por serem ricos e andarem num carrão. O constrangimento não para por aí, depois de um diálogo bem preconceituoso, o policial abusa da mulher e o diretor não faz nada para defender, isso é explicado depois quando chegam em casa e ele diz a mulher que eles deveriam se comportar “como negros que são”, ou seja, abaixar a cabeça para aquela humilhação e fazer nada. Depois a vida os coloca novamente, o policial e a mulher, frente a frente, mas dessa vez o final é um pouco melhor.Parei pra pensar porque ele fez isso, e não achei outra resposta que não fosse o auto preconceito, como os negros que não se enxergam como negros, ou a hipocrisia dos que dizem que não são preconceitusos, mas sem perceber escondem as bolsas quando passam por um “suspeito”, dão risadinhas quando veem um gay, acham “menos” errado um homem que trai do que a mulher, entre outros exemplos que vemos todos os dias por aí.


(...)   cena da batida policial, onde se cruzam os personagens pela primeira vez
Enfim, recomendo e muito ver esse filme, principalmente se você, assim como eu, adora refletir um pouco sobre a humanidade e o caos que ela mesma provoca.



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